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Transtornos Alimentares

       

A alimentação vai muito além da necessidade de nutrição do corpo, está relacionada ao próprio nascimento das relações do sujeito com o Outro. Sem se alimentar, o bebê humano não duraria mais do que algumas horas, e essa alimentação só pode chegar pelo Outro, depende desse Outro. 

      Esse comer está relacionado com as relações do sujeito com a mãe e também com o pai. 

      Quando a criança nasce está submetida ao Outro que lhe tome e lhe ofereça o peito para comer e a mãe o faz porque esse filho representa para ela algo do seu desejo. Ao dar a comida, fala com o filho, ou seja, além de dar a comida, insere o filho à palavra, intercalando com a comida. É importante que tenha a falta. Com a comida vem também o olhar, o controle com o braço...o comer nunca é "só" comer.

       A função paterna faz com que seja orientado para a criança de alguma forma os limites, uma lei, a qual já foi iniciada pela mãe através da linguagem.  Direciona a criança para as regras através do social, articulando o comer à outras pulsões como o olhar, ser olhado, fazendo uma regulação das pulsões do comer.

      Muitas vezes, quando o sujeito não consegue essa regulação social de algo que almejava, como por exemplo, êxito profissional, financeiro ou amoroso, o sujeito pode decidir não comer. 

      Mas o que será que acontece com o sujeito quando se articula os transtornos alimentares como a compulsão, anorexia ou bulimia? É isso que o sujeito deve se perguntar e buscar uma análise para isso.

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